Atriz fala sobre cena de sexo com Glória Pires


'Não sabia nada sobre Elizabeth Bishop', diz Miranda Otto ao G1.
Bruno Barreto aposta em atrizes para buscar indicação ao Oscar 2014.




A atriz australiana Miranda Otto, conhecida por participar de blockbusters como "Guerra dos mundos" (2005) e a trilogia "O senhor dos anéis", aceitou protagonizar "Flores raras", que estreou na sexta-feira, mesmo sem ter qualquer ligação com o Brasil ou com a poeta norte-americana Elizabeth Bishop. "Eu não sabia nada sobre ela, mas descobri que Bishop foi uma mulher e uma poeta extraordinária, que teve uma vida incrível. Com o seu modo introvertido, ela foi uma revolução para a figura feminina. Ela levou uma vida moderna", conta a atriz, em entrevista ao G1, sobre sua personagem no filme de Bruno Barreto ("Dona Flor e seus dois maridos", "O que é isso, companheiro"). (Assista ao trailer ao lado)
Ao lado de Glória Pires, que vive a arquiteta Lota de Macedo Soares, Otto interpretou a homossexualidade da poeta e comentou sobre a única cena de sexo que aparece na trama. "Amei o jeito como a cena foi escrita. A casa, a chuva. Elas estavam destinadas para ficarem juntas. Não havia nada que as impedissem. Eu queria parecer bem natural, não queria que fosse sexy. Não podia ser sexy porque é uma visão muito heterossexual, como 'olha, duas mulheres juntas, que sexy'. Queria que fosse emocional, sobre estar apaixonado por alguém e ser amado em troca", afirma.

Pires, que se diz muito fã da vencedora do Oscar Helen Mirren, conta que ela e a australiana são praticamente amigas de infância. "Ela é uma atriz muito boa de se trabalhar, que olha no olho, verdadeira. Ela é totalmente disponível". A atriz, cujo último grande papel no cinema foi em "Lula, o filho do Brasil" (2009), diz que a Lota é "um pacote completo". "É uma personagem desejável. É tudo o que uma atriz pode querer".
O longa-metragem é baseado no livro "Flores raras e banalíssimas", de Carmem Lúcia de Oliveira, que foi apresentado a Glória há 17 anos pela produtora Lucy Barreto, mãe do diretor Bruno Barreto. "Imediatamente fiquei encantada, e me deu vontade de estar nesse filme. De uma forma geral, temos muito pouco material sobre as pessoas que fizeram alguma coisa historicamente no nosso país e tem tantas histórias maravilhosas. Tenho um amigo agora que está lutando para produzir a história do Éder Jofre [ex-pugilista]. É uma tarefa hercúlea conseguir fazer um filme", conta.
Já Bruno Barreto aponta que os patrocinadores que, inicialmente, recusaram investir no filme, agora devem ter se arrependido. "O momento não poderia ser mais propício para lançá-lo. O 'timing' não poderia ser melhor. Não só no Brasil, como no mundo inteiro, o casamento gay é o assunto", diz. Mesmo com orçamento limitado, o diretor afirma não ter economizado "um tostão que comprometesse a qualidade". "Até na finalização, quando, em geral, a coisa aperta, gravamos toda a música em Praga com uma orquestra de 50 músicos", conta.



Assista a cena do primeiro beijo e sexo entre as atrizes :


fonte g1.com

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